Casamento arranjado
China
Casamento como meio de preservação da harmonia e da homogeneidade cultural e religiosa
A ideia de arranjar uma união marital entre duas pessoas
teve origem nas culturas ocidentais há mais de 7 mil anos,
como meio de garantir a harmonia cultural e religiosa
entre famílias e comunidades. Tipicamente, o arranjo era
feito pelos pais ou membros da comunidade, como líderes
religiosos, que negociavam a união envolvendo dinheiro
e propriedades. O casamento arranjado também emergiu
no mundo antigo no subcontinente indiano, no Oriente
Médio e, em época similar, nas culturas africana e sul-ame-
ricana, demonstrando a universalidade de ideias como
homogeneidade e conservadorismo cultural ao longo da
história humana.
Embora significativamente mais comuns nas culturas
orientais, casamentos arranjados eram também populares
na Europa durante os séculos XVI e XVII. Famílias das clas-
ses mais altas e da nobreza frequentemente arranjavam
uniões entre seus filhos, julgados apropriados em termos
tanto sociais quanto financeiros. Da mesma forma, casa-
mentos arranjados entre círculos reais têm sido a norma há
séculos, frequentemente motivados por necessidades polí-
ticas para estender e consolidar poder. Tal tradição conti-
nua em um contexto contemporâneo: a união entre Char-
les, o príncipe de Gales, e Lady Diana Spencer no Reino
Unido em 1981, conforme se sabe, não se originou de uma
ligação romântica espontânea.
Casamentos arranjados ainda são comuns em países
como a Índia, o Paquistáo e o Afeganistão, e a migração
global gerou a sua mais recente aparição em lugares como
os Estados Unidos. Avanços tecnológicos levaram à criação
de sites de relacionamento para arranjar casamentos e há
hoje videoconferências em que esposos potenciais e suas
famílias podem se comunicar. Apesar de suas origens anti-
gas, o casamento arranjado mantém a sua relevància no
mundo contemporâneo. LWa
Retirado do Livro 1001 Ideias Que Mudaram Nossa Forma de Pensar
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