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quinta-feira, 11 de maio de 2017

Céu e Inferno

c. 4000 a.C.

Céu e Inferno

Origem desconhecida

Habitações, respectivamente, dos justos e abençoados e dos injustos e amaldiçoados

A ideia de uma vida após a morte que consiste em recom-
pensar os corretos com uma habitação celeste e punir os
malfeitores com uma habitação no submundo é extrema-
mente arcaica e global. Há evidências de que os mesopo-
tâmicos (cuja cultura originou-se em 4000 a.C.) acredita-
vam que a maioria de seus deuses vivia "acima", enquanto
as almas dos mortos desciam ao submundo - um lugar
de calor intenso, escuridão e sofrimento. Similarmente, os
egípcios antigos acreditavam que os mortos desciam ao
submundo, onde eram julgados por suas ações; se fossem
tidos como justos, então podiam subir as escadas para os
céus, e, se tidos como malfeitores, eram devorados pelo
monstro-crocodilo Ammit.
   Há uma notável harmonia de pensamento entre as
religiões politeístas antigas e as monoteístas abraâmicas
quanto a esta visão da vida após a morte como divisões
entre "Céu" e "Inferno". Mas tais termos são comumente mal
interpretados, especialmente no cristianismo. De acordo
com a Bíblia, Deus transcende todo o espaço e, portan-
to, enquanto se fala de Deus como um habitante do Céu,
o próprio Céu é um lugar criado e temporário, onde anjos
e homens de bem tomam residência. Este contrasta com
o "Inferno", um lugar criado e temporário para onde vão
homens e anjos condenados. Em última análise, no entan-
to, o livro da Revelação fala de Deus destruindo o Inferno
em um "lago de fogo" e então "criando um novo céu e uma
nova terra" - o novo céu para os anjos e a nova terra para
os humanos. Como dois destinos possíveis para a alma
quando o corpo morre, Céu e Inferno continuam a motivar
crenças, ações e artes pan-religiosas. AB

Retirado do Livro 1001 Ideias Que Mudaram Nossa Forma de Pensar

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