Antropomorfismo
Origem desconhecida
Atribuição de características humanas a seres não humanos
Antropomorfismo - das palavras gregas para "humano" (antropos) e "forna" (morphe) - refere-se à atividade ancestral de atribuir características humanas a seres não humanos, como deidades, animais, vegetação ou elementos. Algumas das obras de arte mais antigas - O homem leão, de Hohlenstein Stadel (Alemanha), por exemplo - mostram animais com características humanas. Tradições xamânicas, que são conectadas com este tipo de arte, tendem a ver espíritos em todas as coisas, o que significa que, quando atribuem características humanas a árvores - chamando-as de "dríades", por exemplo -, acreditam que o espírito da árvore, assim como o espírito humano, é o princípio que faz com que a árvore cresça e aja como um humano. O mesmo se aplica a tudo, ou quase, na natureza.
Uma subcategoria do antropomorfismo é o antropoteísmo, no qual entidades não humanas elevadas - os deuses, ou Deus - são representadas com características humanas. Platão (424 a 348 a.C.) acusou os poetas gregos de "contarem mentiras sobre os deuses", pois pintavam deuses como Zeus com motivações humanas mesquinhas, e certas passagens bíblicas, como aquelas em que se descreve a "mão direita" de Deus, são comumente vistas como exemplos de antropoteísmo.
Em termos psicológicos, o antropomorfismo tem inúmeras implicações. Atribuir características humanas a um ser não humano pode alterar a nossa visão e sentimento em relação àquele ser - ele pode parecer mais merecedor de cuidado moral e consideração, por exemplo. O processo de antropomorfismo pode também ser visto como uma forma de a mente simplicar entidades complicadas para ajudar a nossa compreensão
Hoje o antropomorfismo continua como uma ideia importante em religiões xamânicas como o taoísmo e o xintoísmo. Também permanece como uma característica proeminente na cultura, desde personagens de desenho animado, como o Pernalonga, até respeitadas obras da literatura, como A revolução dos bichos, de George Orwell (1945). AB
Retirado do livro 1001 IDEIAS Que Mudaram Nossa Forma De Pensar
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