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sábado, 10 de março de 2018

Alma

c. 40000 a.C.

Alma

Origem desconhecida

Crença em uma entidade não física com certas características essenciais

A crença na existência de almas prevalece no seio da raça humana por milênios. O conceito alma, ao que tudo indica, surgiu por volta da mesma época em que emergiu o xamanismo (40000 a.C.), que pode ser considerado o primeiro exemplo de religião. A descoberta de itens ritualísticos em cemitérios xamânicos sugere que aqueles que realizaram os sepultamentos acreditavam na vida após a morte, o que, por sua vez, implica a crença de que os indivíduos tinham um componente não físico que permanecia após a morte. Tal componente não físico - a alma - pode ser definido como a essência imaterial ou príncipio animador da vida de um indivíduo. É geralmente visto como separado do corpo e costuma ser associado a faculdades como pensamento, ação e emoção.
     As tradições religiosas mais antigas - xamânicas, politeístas e monoteístas - geralmente concordam que a alma determina a identidade de dado ser e contém em si um princípio vital organizado para o ser em questão. Assim, por exemplo, a identidade senciente de uma zebra é fundada em sua alma. Para algumas tradições religiosas - xamanismo, por exemplo -, o tipo de alma em uma rosa, zebra ou em um humano não é claramente distinguível, o que com frequência leva à concepção de que todas as almas têm igual valor. Outras tradições, no entanto, argumentam que a alma humana é imortal e racional e, portanto, é mais valiosa do que a alma de uma rosa ou de uma zebra, ambas mortais e não racionais.
     A crença quase universal de que a alma humana é imortal nos levou à crença também quase universal tanto de um submundo que abriga as almas merecedoras. No submundo as almas são vistas em meio à miséria, parcialmente porque não têm um corpo, enquanto no céu as almas são comumente representadas se deleitando com os frutos do corpo. AB

Retirado do Livro 1001 IDEIAS Que Mudaram Nossa Ideia de Pensar / Editora Sextante

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