Tingimento de tecidos
Origem desconhecida
Mudança da cor de tecidos por meio da adição de corantes artificiais
Corantes fazem parte da história humana há milênios e
parecem ter sido inventados independemente em
diversas culturas diferentes. O uso de corantes mais antigo
de que se tem notícia data de 30000 a.C., quando o ocre
vermelho era usado para decorar tumbas no norte da Itália.
A evidência mais antiga de tingimento têxtil vem do assen-
tamento neolítico de Çatalhöyük (7500-5700 a.C.), na atual
Turquia. Por volta de 3000 a.C., procedimentos mais avan-
çados de tintura passaram a existir na Índia, onde os coran-
tes eram fixados no tecido através do uso de mordentes
(substâncias que fixam quimicamente o corante nas fibras
do tecido). Os corantes mais antigos vinham exclusiva-
mente de fontes naturais, como plantas, raízes, seiva de
árvores e insetos.
Ainda não está claro se os primeiros tecidos tingidos
tinham alguma significância além de serem meramente
decorativos, mas no decorrer do tempo eles se tornaram
um indicador-chave a respeito da riqueza e do status social
do usuário. Em meados de 1500 a.C. os fenícios desenvol-
veram um corante conhecido como roxo tiriano, uma cor
que, por séculos, foi reservada exclusivamente para tin-
gir as vestes de reis, imperadores e sacerdotes. Quando
Alexandre, o Grande conquistou a Pérsia em 331 a.C., ele
encontrou no tesouro da capital robes roxos que hoje vale-
riam milhões de dólares
Antes da introdução dos corantes, a humanidade se limi-
tava ao uso das cores que existiam nas fibras naturais. Mas
muitas cores encontradas na natureza não existiam nos pro-
dutos que a humanidade era capaz de fabricar, e o desejo
de controlar e usar tais cores era forte. Com os corantes uma
explosão de cores entrou no mundo, permitindo aos produ-
tores têxteis a transformação de tecidos até então monóto-
nos em vibrantes e coloridos itens de beleza e valor. MT
Retirado do Livro 1001 Ideias Que Mudaram Nossa Ideia de Pensar
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